19 de ago. de 2007

Sete seria um número mais interessante, né? Mas, a seguir, 6 shows pelos quais a gente tem que ir a Cuiabá para o Calango 2007.

1 Já ganhou! Troféu diversão para a Revoltz. Eles se formaram, a rigor, em Cuiabá e agora moram em São Paulo. O grupo tem um site estiloso e quase hipnótico (clica no nome deles no texto!), um disco lançado neste ano que é tipo new wave lo-fi, canções de melodia fácil e letras que são quase o sonho indie: sexo, romancezinhos, drogas, filmes e bandas de rock. Melhor! Pelo que pareceu no Festival Fora do Eixo, (foi em março e em São Paulo, leia aqui!), o show está afiado. O suficiente para fazer uns passinhos punk, bater a cabeça, gritar, dançar e cantar junto.
Tomara -> As músicas mais dançantes e mais cantáveis, como "A Chinesa", "Arnoldileine" e "O Capítulo". Há sempre a possibilidade do Daniel Belleza, que é fã do grupo, aparecer no palco.
Sei lá -> Algumas canções tem influências mais anos '60, let's twist again. E, às vezes, eles tocam tão rápido que não dá nem pra se mexer.
Para dar um beijo no escuro em cima do muro ou subir no capô quando a banda se apresentar e dar um mosh bonito
. (A última frase contém referências para os fãs de Revoltz. Saiba mais aqui!) O clipe de "Ritalina", música que estava no EP "A Chinesa", de 2005, existe mais ou menos há um ano e aparece aqui e agora.



2 Já ganhou! Troféu lágrimas e emoção. É muito simples. As canções do Vanguart jogam pesado com solidão, melancolia, amores, nas letras e nas melodias que as envolvem. Vai ser o primeiro show do grupo em Cuiabá (de onde eles saíram, agora moram em São Paulo) depois do lançamento do disco via Outracoisa. São os heróis voltando à cidade que eles têm colocado na televisão (na verdade, mais na web tv. mas, enfim). O show no Calango de 2005, com o maior público da noite, já foi bem emocionante: e isso foi antes da MTV. Ah, nada como ídolos.
Tomara -> A coisa mais emocionante de um show do Vanguart in Cuyaba é a relação do público local com a banda. Melhor se todo mundo gritar descontroladamente em "Semáforo", se rolar "Para Abrir Os Olhos" e muita coisa do disco e se a banda acelerar e colocar peso em tudo, o que acontece em ocasiões especiais.
Sei lá -> Tem uma versão para "I Will Survive" no repertório que ficou bem... disco! com o passar do tempo. E o violão do Helio tem uma vocação incrível para arrebentar cordas, desafinar e outras coisas, criando uns silêncios no meio do show.
Para abrir os olhos
. (Cara... referência, de novo! Mas essa está logo abaixo)





3 Eles ainda não ganharam nada, mas talvez a Pública ganhe um VMB. O mesmo prêmio que talvez o Vanguart leve. Qualquer uma das bandas sendo vencedora, é uma celebração do bom momento da canção no independente brasileiro. Aliás, "Polaris", o disco que a banda gaúcha lançou no final do ano passado é, ele todo, uma celebração da canção, melodia, letras e detalhismo. Ao vivo, a psicodelia que mais se insinua no disco ganha cores. Às canções de "Polaris" juntam-se algumas inéditas, mais intensas. Baixista corre de um lado para o outro, feito louco, guitarrista e baixista fazem duelos... Rock!
Tomara -> Que toquem as músicas novas: a canção dançante e sem nome que é guiada pelo tecladista Amaro, e a intensa e climática "Luzes", que pode fechar o show. Que toquem, do disco, "Das Falsas Intenções" e "Long Plays", essa, melhor com todo mundo cantando junto.
Sei Lá -> A
Pública está escalada para tocar entre as locais e barulhentas (tanto em guitarras quanto em torcida) Macaco Bong e Lord Crossroads.
Para comprar uma bicicleta e ir viajar. (É isso mesmo!)

4 Já ganhou! Troféu garrafa de cerveja quebrada cortando a pele do abdôme. E isso é só uma das coisas que podem acontecer num show de Daniel Belleza & Os Corações Em Fúria. Pode ser uma garrafa de uísque também, por exemplo. Nos últimos anos, o grupo tem feito algumas das mais intensas apresentações ao vivo do independente brasileiro, indo além do jogo de cena bem calculado de coturnos e boás. Agora, eles se preparam para o lançamento do segundo disco, que deve vir mais diverso, com novas referências.
Tomara -> Tudo o que é necessário é que eles subam ao palco, pelo que parece. Ajuda se o som realçar o baixo quase tribal (bem verdade, poucas tribos têm contrabaixos elétricos) de Rangel.
Sei lá ->
Em entrevista, Daniel já disse que o novo disco viria mais calmo e o novo show menos produzido.
Para fazer sexo com alguém ou consigo mesmo, ferir fisicamente alguém ou a si mesmo, provocar a desordem e o caos e conhecer a commodity mais valiosa de Cuiabá. (Dica: não é a típica farofa de banana, mas tem a ver)


DBCF no Calango 2005 em foto tirada do Flickr do sensacional Vini Mania. Atenção: tem algo escrito na barriga do Daniel.

5 Tem alguém soltando o batidão, alguém violentando uma guitarra e um terceiro cara gritando sobre sexo, drogas e coisas realmente incompreensíveis, rebolando e tirando a roupa. Com essa fórmula, o Montage tem circulado de desfiles de moda a festivais de rock independente sem escorrer o make. SE JOGA.
Tomara -> Tem que rolar "Benflogin" (pode ser com ou sem as aspas).
Sei lá -> Sei lá.
Para arrasar na produ, se jogar muito e fazer uma ou duas coisas da lista do
Daniel Belleza ali em cima, só que mantendo o estilo.

6 Foi mais ou menos como uma aparição. Uma banda pouco conhecida abriria o segundo dia de Festival Fora do Eixo. Ninguém esperava o trip-hop d'O Quarto Das Cinzas, a vocalista de gestos e voz delicados ou a luz sobre seu vestido claro, que parecia idéia de um iluminador de filme bíblico.
Tomara -> Talvez conquistar platéias desavisadas seja um truque clássico do repertório do grupo.
Sei lá -> O som cheio de detalhes e silêncios d'
O Quarto Das Cinzas vai funcionar numa arena como a do Calango?
Para levitar.

- A programação completa do
Calango está na página do festival.

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