20 de jul. de 2007

Já ouviu "Impossibilidades", o compacto.rec da oaeoz? Então, ouve aí...




No post de ontem , dá pra saber mais sobre o lançamento do primeiro compacto.rec e, logo no começo, dá pra baixar o compacto! No post de hoje, a gente continua com a oaeoz . Tem a entrevista com o vocalista e compositor da banda, Ivan Santos, enviada em 19/7 ao Circuito Fora do Eixo, pra fazer parte do material de divulgação de "Impossibilidades"


Ivan Santos, vocalista da oaeoz, fala de seu compacto.rec

Por Pedro Acosta

Nesta semana, a banda paranaense oaeoz lançou seu compacto.rec “Impossibilidades”, com a música do mesmo nome e uma versão para a banda paulista dos ’80 Fellini, “Città Piu Bella”. Na terça-feira, conversei via messenger com Ivan Santos para saber mais sobre a banda. Abaixo, os destaques do que Ivan disse, direto da redação onde edita a parte de Política e Brasil do curitibano Jornal do Estado.

Ivan no trabalho, 1

Impossibilidades – “‘Impossibilidades’ é uma música que a gente já vem tocando há algum tempo. A idéia era fazer algo mais simples e direto, com um quê de pós-punk oitentista, mas ao mesmo tempo com uma temática e uma letra diferentes do que geralmente se vê nesse tipo de som. A letra é discursiva e encadeada de forma a fazer a música ir crescendo até explodir no final. Inclusive a melodia inicial surgiu antes e eu fui encaixando a letra na música. Por isso ela tem essa 'urgência'. É como alguém conversando com um amigo e falando de todas as impossibilidades da vida e como reverter isso, como lidar com essas limitações. É algo como uma reflexão em que você tenta encontrar nessas limitações uma saída.”

Città Piu Bella – “Já tocávamos uma versão de ‘Città Piu Bella’ nos shows, num medley com ‘Car Wash Hair’ do Mercury Rev. A gente procurou tocar “Città Piu Bella” como se fosse uma música do oaeoz. No caso, desacelerando o andamento, que no original tinha um quê de samba, trazendo ela para uma espécie de balada folk psicodélica, que não por acaso diz muito sobre o estilo de música da banda. Para completar, chamamos dois amigos: o Igor Ribeiro, que já tocou no oaeoz, pra fazer o trumpete no final, e o Rafael Martins (Excelsior), que também é fã do Fellini, para tocar guitarra e fazer efeitos.”

Ivan no trabalho, 2

Som – “A música do oaeoz fala basicamente de situações limite. E de formas de sublimar essas situações. Acho que tem muito também de estranhamento, crônicas de desajustamento diante de uma realidade que parece cada vez mais inóspita e opressora. É um tipo de música muito pessoal e passional, que expõe uma carga de sentimento sem disfarces ou discursos. A idéia é soar o mais livre possível, livre de rótulos ou fórmulas. Deixar que cada música respire e diga a que veio. Como já tocamos juntos há quase dez anos, hoje, independente do que a gente faça, acaba soando como o oaeoz, porque o som da banda já tem uma cara própria.”

Influências – “Tentando ser o mais direto possível, algumas bandas foram inicialmente uma referência básica pra gente. Mercury Rev, Morphine, Tindersticks, Spiritualized. São bandas muito ‘emocionais’, que têm como característica a criação de climas e atmosferas oníricas, algo que a gente sempre teve em mente. No plano nacional, o trabalho solo do Arnaldo Baptista, que não por acaso inspirou o nome da banda (“O A E O Z” , disco dos Mutantes de 73, só lançado em 92). No caso do Fellini, toda aquela geração da segunda metade dos anos 80 do rock brasileiro, como Três Hombres, Sexo Explícito, Mercenárias, Vzyadoq Moe, marcaram muito pois tive acesso aos discos delas na época em que saíram e sempre admirei também a capacidade dessas bandas de desenvolver um estilo próprio.


Planos – Se tudo der certo, até o final do ano vamos lançar dois discos com repertórios inéditos e diferentes: o de estúdio, com oito músicas mais duas versões de bônus e o ao vivo, no (projeto curitibano) A Grande Garagem Que Grava. O de estúdio é mais pesado, tem mais guitarras, até porque a gente ainda tinha dois guitarristas na gravação. Já o do Grande Garagem, como será ao vivo, será naturalmente mais despojado e puxando para um lado mais acústico da banda, com canções mais calcadas no violão e em melodias folk.


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