27 de fev. de 2008

Escrito para a assessoria do Grito Rock em 02/02 e publicado no mesmo dia, no Espaço Cubo Digital. Também divulgado via email.



Pata de Elefante no GR Cuiabá 08

Grito Rock, dia 1
Noite de camisetas pretas no Clube Feminino termina com baile do Pata de Elefante

Fotos: Renato Reis

A sexta-feira pré-carnaval viu o começo do Grito Rock 2008 em Cuiabá. Foi um dia de muitas camisetas pretas pelo salão do Clube Feminino, no centro da cidade. Não faltaram atrações para os fãs de hardcore e até metal, presença ainda rara fora dos eventos cuiabanos dedicados ao estilo. O gênero foi representado no palco do Grito pela banda Apostasia (MT), que abriu a noite. Mas também há metal no som de Venial (MT) e Questions (SP), junto com muito hardcore. As bandas se apresentaram, nessa ordem, uma seguida da outra, com direito a muitos moshes e rodinhas, principalmente no primeiro show.

Mas também houve espaço para sons menos furiosos, pelo menos em princípio. Os gaúchos do Pata de Elefante fecharam a noite com seu rock sessentista e instrumental e, mesmo encerrando seu show quase às quatro da manhã, mantiveram um bom e dançante público. Aparentemente, boa parte de sua platéia foi ao Clube Feminino só para vê-los, em sua terceira apresentação em Cuiabá.


Pata de Elefante no GR Cuiabá 08

Novo instrumental - E essa platéia foi sendo conquistada aos poucos pelo melodioso som do Pata. Os aplausos aumentavam ao fim da cada tema. Ou seriam canções? Logo após seu show, em frente a uma sala de instrumentos totalmente coberta de confetes, o baixista/guitarrista Daniel explicou: “a gente tenta quebrar esse preconceito contra som instrumental, a gente faz canções... só que sem vocal, com a guitarra”. Daniel ainda comparou seu som ao do Macaco Bong (que se apresenta no domingo), citando as duas bandas como representantes de uma nova idéia de música instrumental, sem “punhetagem”, como ele mesmo disse.

No foco - Também animado estava o fotógrafo Renato Reis. No saguão do Clube Feminino, estão expostas fotos que ele tem tirado no circuito de festivais independentes, desde 2006. “Na verdade, eu comecei em 2004, em Belém e, nesse ano mesmo, fui ao Goiânia Noise”, ele explica, estimando já ter participado de uns quinze festivais nacionais. “Depois daqui, estou indo pra São Paulo, onde devo me estabelecer. E quero viajar mesmo o circuito de festivais neste ano”. Para esses eventos, Renato leva seu projeto Fora do Foco, que pode incluir exposições de fotos e oficinas – além de cobertura fotográfica do festival. Nos varais do saguão, imagens de bandas que tocam neste Grito Rock Cuiabá, como Vanguart, Macaco Bong e Ludovic, todas em momentos muito intensos. Captar essa intensidade do palco é o objetivo de Renato: “eu fotografo para transformar as pessoas”.

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    desenho por caroline g.